terça-feira, julho 29, 2008

[P&D] Bahia pleiteia sediar Pólo brasileiro de Robótica Emergente

FONTE: Convergência Digital

Na verdade, pelo que ouvi do Prof. Marcos Simões, um dos responsáveis pelo projeto, esta iniciativa não é recente, tem pelo menos 1 ano vida. De qualquer sorte, isto prova a seriedade do que é feito em inovação na nossa terra.
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Equipamento pioneiro no campo da Inteligência Artificial no Estado, com um potencial para movimentar milhões de dólares e gerar centenas de milhares de empregos no mundo todo, a Bahia poderá ganhar um Pólo de Robótica Emergente (Probem). Proposta por um grupo de pesquisadores de baianos, a iniciativa, uma vez implantada, vai transformar a Bahia em um pólo de tecnologia de ponta na indústria de produtos inovadores.

Em cerca de dois anos, as primeiras empresas geradas pelo projeto estarão deixando a fase de incubação e se tornando uma das principais ações do Parque Tecnológico. Estas empresas cobrirão todo o ciclo robótico desde a produção de circuitos integrados até robôs completos voltados para aplicações finais.

O Probem é um projeto que congrega os laboratórios da Universidade Federal da Bahia, da Universidade Estadual de Feira de Santana, da Universidade do Estado da Bahia, com a Cooperativa dos Saberes e do Centro Federal de Educação Tecnológica.

A implantação do Probem foi discutida nesta segunda-feira, 28/07, no auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (FAMED/UFBA), durante a I Oficina de Projetos em Robótica Emergente. O evento discutiu também a consolidação de uma estrutura acadêmica multi-institucional e multidisciplinar para a criação do Instituto Internacional de Ciências da Cognição (IICC).

Pela proposta, o IICC será instalado no Parque Tecnológico de Salvador, que a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) está implantando na Avenida Paralela. O IICC foi concebido como o centro articulador da grande rede que será o Pólo de Robótica Emergente. Em março, foi proposta a primeira etapa do projeto Probem à Secti e ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O secretário estadual de CT&I, Ildes Ferreira, emcampou a proposta e pediu que fossem apresentados os projetos. Seis pedidos de patentes já estão em fase de elaboração e a expectativa dos pesquisadores é de que sejam geradas dezenas de novas patentes, nos próximos anos, abrindo novas perspectivas de financiamentos para as universidades públicas. Os projetos foram inscritos no Programa Estadual de Incentivos à Inovação Tecnológica (Inovatec), executado pela Secti.

A estimativa de investimentos para a primeira etapa do Probem é de quase R$ 40 milhões. Esses recursos deverão ser captados em diversas fontes de financiamento, como editais temáticos, Fundos Setoriais e instituições de pesquisa.

O passo inicial para a implantação do Probem será a construção de uma plataforma laboratorial, através de laboratórios que funcionarão sob a coordenação da rede de pesquisa SERLS – Sistemas Emergentes de Representações, Linguagens e Semióticas, instituída pelas instituições de ensino e pesquisa.

Projeto vai promover desenvolvimento tecnológico do Estado

Para a coordenadora do Doutorado de Difusão Científica (um projeto multiinstitucional), Teresinha Fróes, com projetos como o Probem "a universidade pública cumpre o seu papel de produtora do conhecimento e promotora do desenvolvimento tecnológico do Estado". Já o pesquisador Eduardo Santos Souza, autor da proposta do projeto inicial, disse que "o sonho dos primeiros pesquisadores em Inteligência Artificial da década de 50 do século passado está perto de se concretizar".

Dentre os resultados esperados pelos especialistas estão a criação de produtos inovadores e construção de motores e sensores para os robôs, no campo da inteligência artificial e, na área de engenharia de software, o apoio à criação de produtos como motores de jogos, agentes autônomos multicamadas, sistemas de respostas automáticas, jogos eletrônicos, repositórios de objetos de aprendizagem, ferramentas de autoria e ambientes de simulação com recursos de realidade virtual.

Já no terreno da robótica educativa deverão ser desenvolvidos protótipos de software livre e protótipos de robótica emergente. Também estão sendo esperada a geração de empresas de base tecnológica (produtos e patentes, primeira geração), a produção de componentes básicos para a fabricação de Inteligência Artificial e Robótica Emergente, a produção de controles de processos, computadores, console e robôs (segunda geração) e, na terceira geração, sistemas especialistas, softwares, games e robôs comportamentais.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Ciência e Tecnologia da Bahia