[Mercado] Software como serviço não deslancha no Brasil
Resolvi publicar esta notícia que recebi por conta de algumas reflexões. A primeira refere-se ao grau de maturidade das empresas brasileiras em relação ao uso da TI e a segunda às reclamações de salário que venho acompanhando em algumas listas.
Pois bem, podem discordar de mim, sintam livres, mas salário, em minha opinião, é reflexo do mercado. Se o mesmo está bem aquecido, a procura por bons profissionais que façam os lucros subirem é uma constante. Assim, para ter o melhor, deve-se pagar mais (ou nem sempre, frente ao que já presenciei em São Paulo com alguns fornecedores de clientes que visitei).
Se as empresas brasileiras são míopes com relação ao uso da tecnologia, se não há infraestrutura que faça deslanchar as oportunidades, não há como fazer milagres.
A partir do momento em que a TI seja enxergada como vantagem competitiva, até mesmo pelo mercadinho da esquina, aí sim, teremos um mudança significativa na forma de ganhar dinheiro.
Para compreender o que digo, vejam o site http://www.piraidigital.com.br/ .
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A palavra-chave é confiança. Sem ela, não há como transferir responsabilidades cruciais para uma empresa que irá gerenciar toda a demanda de TI. Enquanto o serviço cresce em outros países, no Brasil a adesão vem caindo. Por que?
Por Edemar Kluck
A diminuição de custos e aumento da segurança nas empresas passa por uma profunda revisão de conceitos.Ao mesmo tempo, a terceirização dos serviços de TI com o chamado Software as a Service (SasS), por exemplo, ainda gera desconfiança para muitos.
O SaaS é um sistema pelo qual a empresa repassa suas tarefas informatizadas a fornecedores especializados e deixa de se preocupar com manutenção de servidores, atualização de aplicativos, antivírus, backup, licenciamento de software e até mesmo aquisição de hardware.
Trata-se de uma opção prática para gerenciar tarefas das mais diversas. Suporta toda a gestão e deixa mais tempo para que a empresa se concentre no seu próprio desenvolvimento.
A Totvs, que é a 7ª maior desenvolvedora de softwares empresariais (ERPs) do mundo para pequenas e médias empresas, fechou acordo com a IBM Brasil para ofertar essa tecnologia ao mercado.
Fato é que, aqui no Brasil, as empresas permanecem um tanto receosas com a terceirização do serviço por medo de que o sigilo seja quebrado.
Qualquer correntista de banco hoje em dia tem seus dados seguros o suficiente para poder acessá-los via internet, fazer transferências e pagamentos, aplicações e alterações cadastrais. Nem todos se dão conta de que os softwares que permitem esses serviços e o dinheiro não estão fisicamente em seu poder. É uma relação de confiança.
O SaaS funciona de forma bem similar ao sistema bancário.
Já tive a oportunidade de atender a um cliente americano que se recusava a ter serviços de TI dentro da empresa, justamente para ter mais segurança, estrutura enxuta e se livrar de maiores problemas.
O uso da tecnologia SaaS permite que o cliente pague somente pelo que realmente usa, através de uma tarifa mensal, como a internet banda larga, celular ou tevê por assinatura.
O Brasil tem ido quase na contramão dessas vantagens. Pesquisa recente da consultoria americana AMI-Partners mostrou que, aqui, o interesse das pequenas empresas em SaaS caiu dos 73% detectados em uma sondagem anterior para 54%.
As empresas de porte médio, porém, mantiveram os 86% de interesse. Quem é do setor de TI fala em amadurecimento do mercado.
De acordo com o presidente da Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) no Paraná, Mauro Sorgenfrei, há quatro ou cinco anos a infraestrutura disponível para o uso do SaaS não inspirava muita confiança.
O problema é que ter dados armazenados fora da empresa e serviços operados remotamente requer uma relação de extrema confiança com o fornecedor, algo que ultrapassa cláusulas contratuais de perdas e danos, porque nada compensa a indisponibilidade das informações de uma corporação.
Daí a relutância em partir para um novo modelo, mesmo que mais barato, que dispense a manutenção de hardwares, softwares e contratação de funcionários extras só para a monitoração de toda essa estrutura.
É uma mudança que também exige a readequação de plataformas, de aplicativos. Para a Assespro, a consolidação do SaaS acontece nos próximos dois anos e algumas das suas maiores afiliadas já estão migrando para o novo sistema.
1 Comments:
Grande Grinaldo! interessante ler esse seu post hoje qdo fiquei sabendo de um evento como esse http://www.arteccom.com.br/ccbrazil/eua_home.php
espero que as empresas brasileiras saiam logo dessa contra mão tecnólogica. acho q assim que empresas maiores comecarem a adotar esse paradigma, outras seguirao. acho que exemplos como petrobras.force.com podem ajudar nessa transição
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