terça-feira, dezembro 19, 2006

[Mercado] Acordem para a China

Pois é, não me surpreenderá se tivermos que aprender chinês um dia desses... Aquele país cresce a um ritmo vertiginoso... e de formação acadêmica.... 80 mil doutores por ano, só em engenharia.... Porém, segundo nota anterior, o mercado de TI por lá deve atrair o Japão.... ufa! (será?).
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Mais uma evidência da ascensão vertiginosa da economia chinesa foi produzida nesta semana. A China acaba de tornar-se o segundo maior investidor em inovação do planeta, atrás apenas dos EUA.

Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), o gasto da nação asiática em pesquisa e desenvolvimento (P&D) neste ano é estimado em US$ 136 bilhões, contra US$ 330 bilhões dos norte-americanos.

Em uma década, os chineses multiplicaram por cinco os recursos investidos em inovação. O ritmo de aumento anual dos dispêndios em P&D (20%, em média) superou muito a velocidade de expansão do PIB (10% ao ano).

Enquanto isso, o Brasil caminhou muito mais lentamente; seus gastos com inovação cresceram 3% ao ano. O país não ocupa uma posição ruim no ranking global – é o 13º –, mas é o pior no grupo de grandes nações emergentes conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

Apesar dos avanços institucionais e da criação de novos fundos para financiar a inovação nos últimos anos, os resultados brasileiros ainda deixam muito a desejar. Apenas 10% dos pesquisadores do país, por exemplo, atuam no setor privado, proporção que é cinco vezes maior nas nações industrializadas.

Ou o Brasil recupera logo o passo nessa competição global pela inovação ou permanecerá, durante muitas gerações, condenado ao limbo na divisão internacional do trabalho.