[Mercado]
Fonte: Convergência Digital
É uma notícia um tanto antiga, data de 24 de janeiro, porém bastante interessante para que façamos uma reflexão do quão estamos atrasados frente ao Estado de Pernambuco. A iniciativa do Porto Digital, aos moldes do prometido Parque Tecnológico de Salvador, é uma oportunidade evidente de negócios na área de TI naquele estado. Se incentivos fiscais forem concedidos para a produção de software, talvez parte das atenções no Nordeste seja desviada para aquela região. Nada contra o Estado de Pernambuco, apenas admiração pelas iniciativas realizadas e uma ponta de inveja ao que ainda temos por conquistar.
Que a Bahia não se torne apenas "o país do Carnaval"....
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Um gol de placa. Assim pode se definir a ação estratégica apresentada nesta quarta-feira, 24/01, pelo Governo de Pernambuco das ações do Estado para a área de Tecnologia da Informação e Comunicações nos próximos quatro anos para empresários de São Paulo.Que a Bahia não se torne apenas "o país do Carnaval"....
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A iniciativa não poderia ser mais oportuna porque reúne as medidas do PAC - voltadas para semicondutores e TV digital - anunciadas pelo Governo Lula à isenção de tributos estaduais - redução de 75% do ICMS para quem se instalar no Recife, capital do Estado, e 85%, no Interior do Estado.
Evento, realizado pela Brasscom, entidade que quer fomentar uma plataforma nacional para exportação de software, contou com a participação do Governador Eduardo Campos e do Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, além de todo o staff ligado à Ciência e Tecnologia do Governo de Pernambuco. Entre os empresários presentes estavam o presidente da Gradiente, Eugênio Staub, e o presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy.
Na apresentação, o Governo de Pernambuco revelou as ações já conduzidas pelo Estado, em especial, o Porto Digital, iniciativa que nos últimos cinco anos determinou uma verdadeira revolução na agenda social, de desenvolvimento e de fomento à inovação no Recife. Isso porque além de atrair uma mão-de-obra de excelência, o Porto Digital revitalizou o centro velho da capital pernambucana, ao promover a recuperação de prédios históricos para a instalação das empresas ligadas à iniciativa.
Atualmente, o Porto Digital reúne 132 instituições, gera três mil empregos - não apenas em desenvolvimento de software, mas também na área de call center e teve um faturamento de R$ 500 milhões, em 2006. O Porto Digital não é a única iniciativa. O Estado aposta no ParqTel - criado para suportar indústrias eletroeletrônicas - e, em outras ações, como a de transformar o aeroporto de Petrolina, no interior do Estado, num ambiente capaz de suportar a exportação e a importação de componentes e de produtos acabados fabricados na Zona Franca de Manaus.
"Há uma logística interessante no Estado para a Zona Franca e queremos apresentar e criar meios mais produtivos", informou o Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Aristides Monteiro Neto. Questionado sobre a possibilidade de um novo embate fiscal entre os Estados interessados em fomentar pólos de TICs no país, o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não titubeou.
"A guerra fiscal existe e não há como negar. Agora é fato também que ela está no limite. A disputa terá que ser saudável para todos. Os governadores envolvidos e, sabemos que há muitos interessados, querem rever o processo", afirmou Campos, ao se referir aos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que também fomentam políticas próprias para atrair o setor de TIC. Com relação à Zona Franca de Manaus, Campos também deixou clara a sua posição.
"Sou favavorável à região. Ela é absolutamente necessária para a região norte. Só que ela reúne uma indústria. Há espaço para termos outro tipo de investimento e de aporte, principalmente quando falamos em capital humano para os demais Estados", destacou o governador.
Segundo Campos, no próximo dia 06 de março, quando acontecerá uma reunião dos governadores com o presidente Lula para discutir os impactos do PAC nas economias dos Estados, a questão da guerra fiscal será tocada.
"Tenho a consciência que há um limite e que todos os Estados vão agir de forma mais consciente na atração dos investimentos. Na área de software, há um grande potencial e para exportar US$ 5 bilhões, até 2010, como quer a Brasscom, há muito por fazer no país", completou o Governador de Pernambuco.
O Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, pernambucano, deixou claro aos empresários presentes que estará participando de toda e qualquer manifestação em prol da atração de investimentos para TIC. "Fico feliz de ver Pernambuco sair na frente porque sou pernambucano. Mas, estarei presente em todas as outras apresentações que for convidado. O importante é que se estruturem políticas estratégicas de Estado para a área", afirmou o ministro.
Para o diretor-executivo da Brasscom, Antonio Carlos Rego Gil, a exposição do Governo de Pernambuco não poderia ser mais oportuna. Ele lembrou aos participantes do evento que o Brasil já perdeu várias "janelas de oportunidades", e que na área de software e serviços há uma "janela aberta e pronta para ser aproveitada, mas que não há mais como perder tempo", afirmou. O diretor da Brasscom também salientou que a entidade promoverá encontros semelhantes para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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