segunda-feira, outubro 09, 2006

[Mercado] Petrobras começa a trabalhar em seu megaprojeto de TI

Fonte: ValorOnline.

Publico esta notícia em virtude do momento atual de crescimento de TI no país. É importante tomar conhecimento deste fato, ainda mais de uma grande empresa brasileira como a Petrobrás. Além disto, a necessidade de pessoal pode crescer, o que acarreta em novas oportunidades para os profissionais da Bahia e do Nordeste em geral.


A Petrobras começou a definir os primeiros passos daquele que será um dos maiores projetos de tecnologia da informação (TI) já realizados pela empresa. Com investimentos da ordem de R$ 300 milhões reservados para obras físicas e infra-estrutura de informática, a companhia está finalizando o desenho de um novo data center de quatro mil metros quadrados, projeto que conta com a colaboração de especialistas da IBM para definição dos últimos detalhes.

Com um pé nas estratégias e outro em questões operacionais, o pessoal de informática divide-se para manter em funcionamento um arsenal tecnológico que, apenas no quesito computadores, soma hoje mais de 50 mil máquinas. Na retaguarda dessa infra-estrutura, diz Washington Salles, executivo de tecnologia, estão 1,4 mil profissionais de TI espalhados por unidades em todo o país. Mas essa mão-de-obra está longe de ser o suficiente. Para lidar com demandas de negócios e ao mesmo tempo gerenciar atividades que envolvem 85 mil usuários, a companhia petrolífera tem buscado, cada vez mais, meios de passar operações para as mãos de empresas especializadas.

Nessa rota rumo à terceirização, a Petrobras acaba de fechar um contrato de US$ 37 milhões com a Sonda, companhia chilena especializada em serviços TI. Ao lado da brasileira CTIS Informática, que já presta serviços de suporte à estatal, a Sonda irá montar uma central de apoio técnico. Serão 340 posições de atendimento, com 420 profissionais distribuídos em turnos de 24 horas, sete dias por semana. O volume estimado de chamados para a central, segundo projeções das empresas, chega a 120 mil por mês, sendo 80 mil ligados a operações rotineiras de escritório; e os demais 40 mil para suporte a usuários do sistema de gestão empresarial da fabricante SAP. "Não se trata apenas de uma central de atendimento", diz o gerente para a área de apoio ao usuário da Petrobras, Leonardo Bottino. "O pessoal dessa área está ali para atender e resolver o problema imediatamente."

Entre operações como a renovação anual de uma base de 10 mil computadores e o auxílio em projetos de perfuração de solo, o setor de TI procura se aproximar da área acadêmica. Neste momento, a Petrobras trabalha em ambientes de pesquisas e desenvolvimento com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os projetos concentram-se em estruturas de plataformas de petróleo e instalações marítimas em geral. Já com a Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-RJ) a companhia tem desenvolvido sistemas para a área de computação gráfica.

Cercada de informações e tecnologia de ponta, a Petrobras pôde anunciar na última semana a descoberta de uma jazida de petróleo leve e gás no litoral carioca, material que vinha adormecido sob uma camada de 2 quilômetros de sal. Comemorado pelo setor, o fato foi considerado um marco histórico para a exploração brasileira. À frente da área de TI, Salles também festejou, mas com uma boa dose de bom senso: "Para tudo o que a empresa faz, somos apenas um suporte, só mais uma ferramenta de apoio".

2 Comments:

At 1:42 PM, Anonymous Anônimo said...

". Para lidar com demandas de negócios e ao mesmo
tempo gerenciar atividades que envolvem 85 mil usuários, a companhia
petrolífera tem buscado, cada vez mais, meios de passar operações para
as mãos de empresas especializadas."


Não adianta a Petrobras investir tanto e as empresas terceirizadoras ficarem com 90% dos investivementos e dividir os 10% com os 85 usuários

 
At 4:10 PM, Blogger Grinaldo Oliveira said...

Entendo sua preocupação Everton, mas esta é a grande tendência das grandes corporações. Na maioria das vezes, o que existe é a contratação de equipe técnica operacional e o restante gerencial à cargo da própria empresa. É uma forma de enxugar custos e agilizar o expertise técnico. O problema é quando isto está associado à uma falta de gestão do conhecimento e preservação de know-how, pois o tiro pode sair pela culatra quando se cria dependência tecnológica. Além disto, o estabelecimento de SLA´s (níveis mínimos de serviço) garantem a qualidade das tarefas desempenhadas. Sem estas preocupações, a coisa vira, literalmente, esculhambação.

 

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