terça-feira, novembro 30, 2010

[Mercado] Bahia ganha prêmio nacional de inovação tecnológica

Vencedor da categoria Pequena Empresa, Wellington Freire, Presidente da empresa baiana, Softwell Solutions, recebe troféu do ministro do MCT, Sergio Rezende.

 

A edição 2010 do Prêmio FINEP de Inovação (considerado o Oscar da tecnologia nacional) chegou ao fim com uma grande novidade. Pela primeira vez, em 13 anos, a Bahia está entre os vencedores nacionais. De um total de sete categorias premiadas, ontem, em cerimônia na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF), a baiana Softwell Solutions foi escolhida a empresa mais inovadora do Brasil na categoria "Pequena Empresa".

A Softwell, empresa criadora de uma ferramenta de desenvolvimento de softwares totalmente inovadora e revolucionária, o Maker, havia sido o destaque do prêmio na região Nordeste chegando ao pódio em duas categorias: "Pequena Empresa" e "Gestão da Inovação". Agora consolidou a sua posição ao arrebatar o prêmio em nível nacional, concorrendo com 336 empresas de todas as regiões do Brasil. Além de troféus, os vencedores nacionais recebem como prêmio recursos do programa de subvenção econômica da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal) para desenvolvimento de projetos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, tendo a empresa baiana embolsado o valor de R$ 1 milhão em premiação.

"O reconhecimento da Softwell com esse verdadeiro "Oscar" da inovação nacional que nos oferece a Finep e o governo brasileiro através do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), significa o reconhecimento da Bahia como um novo pólo de inovação tecnológica não apenas do Nordeste, mas também do Brasil. A Softwell  está mostrando ao Brasil que na Bahia se gesta inovação tecnológica de alto nível, atividade imprescindível hoje à competitividade nacional", afirmou Wellington Freire, presidente da empresa, em discurso de agradecimento na solenidade. Ele ofereceu o prêmio a "todos os baianos".

Para o empresário, o estabelecimento de políticas de incentivo à inovação como vem fazendo a Finep com a criação de mecanismos de financiamentos e de subvenções no âmbito das diversas regiões brasileiras, é fundamental para a continuidade do desenvolvimento tecnológico do Nordeste que este ano, além do premio da Softwell,  arrebatou mais uma premiação com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) de Pernambuco, que venceu na categoria "ICT - Instituição de Ciência e Tecnologia".

Freire defende uma maior aproximação das empresas com as universidades e instituições de pesquisa na região, além de maior apoio dos governos estaduais. "Precisamos insistir na promoção de ações estruturantes através das federações das indústrias e dos governos estaduais, para que possamos criar um traço de união mais efetivo entre as empresas e as instituições de ensino e pesquisa no Nordeste", diz, lembrando que a Softwell já tem acordos neste sentido com algumas instituições do Sul do país.

A Softwell Solutions – A Softwell é uma empresa fornecedora de tecnologias de desenvolvimento para a indústria de software focada em produzir inovação. Seu principal produto, o Maker, é uma plataforma de desenvolvimento integrado que simplifica o processo de produção de software. O produto utiliza uma metodologia de desenvolvimento única até então, sem códigos e totalmente visual, possibilitando a rápida construção de sistemas corporativos para a web, ampliando a produtividade e reduzindo significativamente os custos.

A Finep - A FINEP é uma empresa pública vinculada ao MCT que tem por missão promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à Ciência, Tecnologia e Inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. Atua em toda a cadeia da inovação, com foco em ações estratégicas, estruturantes e de impacto para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

O Prêmio - Em sua 13ª edição, o Prêmio é um reconhecimento a quem faz inovação no País.  Este ano, o Prêmio recebeu 885 inscrições em todo o Brasil, dos quais 307 do Sudeste, 224 do Sul, 159 do Nordeste, 113 do Centro-Oeste e 82 do Norte. O julgamento contou com a participação de vinte representantes de instituições públicas, empresas privadas e estatais  e federações de indústrias. Segundo Pegado, a metodologia empregada no julgamento garante o grau de credibilidade.