segunda-feira, maio 18, 2009

[Mercado] Profissões da área de TI são regulamentadas no CE

FONTE: O POVO 

Experiência interessante no Ceará. Na verdade a regulamentação está acontecendo na definição de valores mínimos de remuneração, modalidade na qual é bastante discutida pelos estudantes e veteranos de classe. 

Eu já havia falado na lista COMBASE que neste momento, para acalmar os ânimos dos que são a favor de uma regulamentação, um diálogo forte com o SINDADOS seria o pontapé inicial para uma mobilização local quanto à garantia de piso mínimo e conscientização da classe em nosso Estado. Espero que os estudantes (futuros profissionais), ansiosos por este momento, sejam os primeiros a se pronunciar em ações concretas, como aconteceu no Ceará.

De qualquer sorte, eu ainda defendo a bandeira de ser contra a regulamentação (pelo menos, do jeito que estão comentando por aí). 
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Trabalhadores de Tecnologia da Informação (TI) têm agora uma Convenção Coletiva que estabelece categorias, benefícios e pisos salariais que variam de R$ 520 a R$ 1.200

Uma área dinâmica, em constante crescimento e com novas funções nascendo a cada dia. O setor de Tecnologia da Informação (TI), apesar desta ascensão - e por causa dela -, sofre com dificuldades em estabelecer regras trabalhistas. Mas depois de quatro anos de conversas entre os quase cinco mil trabalhadores na Região Metropolitana de Fortaleza, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet - Regional Ceará (Assespro-CE) e o Sindicato das Empresas de Informática, Telecomunicações e Automação do Ceará (Seitac), foi estabelecida na última semana a Convenção Coletiva de Trabalho dos trabalhadores da área de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) do Ceará. 

"Por ser um setor muito dinâmico e inovador, não podíamos fazer uma convenção pormenorizada. Então optamos por estabelecer apenas cinco categorias profissionais e, com isso, facilitar a adequação das diversas funções da área de TIC nestas categorias", afirma Maurício Brito, presidente do Seitac. 

Ele explica que, desta forma, ficaram definidos os piso salariais, benefícios, carga horária e outros pontos da relação contratual. "Foi um conquista importante, já que o setor estava confuso. Alguns utilizavam as regras dos comerciários, e nossa preocupação era de não dificultar a criação de postos formais de emprego", explicou Maurício. 

Com a regularização, a expectativa é que outras empresas busquem fazer parte das entidades que congregam o setor. Segundo Maurício Brito, o Sindicato possui atualmente 80 afiliados, sendo que o Ceará tem cerca de 600 empresas na área. 

Com a nova convenção, que passou a vigorar - de forma retroativa - desde o dia 1º de maio, o Ceará passa a integrar o grupo de estados do Brasil com regras trabalhistas para o setor, como Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo. A convenção albergará os trabalhadores de empresas de TIC afiliadas ao Sistema Assespro-Seitac e ao Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Informática do Estado do Ceará (Sindpd).