[P&D] Bahia tem R$ 20 milhões sobrando para inovação
FONTE: PEQUENAS EMPRESAS & GRANDE NEGÓCIOS
A notícia é um pouco antiga (18/05/2007), mas serve para reflexão sobre o comentário dado sobre a falta de preparo na Bahia para elaboração de projetos.
Discordo parcialmente desta notícia. A área de projetos, principalmente a formação de PMP´s, vem amadurecendo em Salvador, particularmente com a introdução do curso de Pós-Graduação pela Jorge Amado e demais iniciativas acadêmicas de outras instituições.
Além disto, já existem algumas entidades, como o Recôncavo Tecnologia, que vêm trabalhando sistematicamente na captação e uso de recursos de pesquisa junto à academias e órgãos financiadores.
Como dito na reportagem, talvez o aspecto cultural seja a principal barreira. Mas isto é vencido em um ou dois anos no máximo. Que diga o carnaval da Bahia e a incrível máquina de dinheiro que se tornou o potencial know how de entretetimento baiano em um universo de poucos anos.
A situação tende a mudar completamente em 2008 com a introdução do Pólo Tecnológico. Ainda, a Bahia está com um potencial considerável para receber investimentos provenientes do investiment grade que o Brasil tanto aguarda (principalmente na produção de grãos, energia, petroquímica e TI). É esperar para ver.
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O programa de apoio à inovação tecnológica Juro Zero tem R$ 20 milhões em recursos para micro e pequenas empresas baianas que ainda não foram aplicados porque faltam interessados que se candidatem ao crédito. O programa foi lançado no final do ano passado e, desde então, apenas quatro projetos foram apresentados, sendo que um foi aprovado este mês e os demais estão sob avaliação, informou o jornal A Tarde.
Ontem, a Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal (Finep), responsável pelo programa, com apoio da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), e suas parceiras, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Sebrae e a Agência de Fomento da Bahia (Desenbahia), realizaram um workshop para cerca de 120 empresários na tentativa de atrair novos candidatos.
“Os recursos devem ser usados até janeiro de 2008, ou a oportunidade será perdida. Acredito que as empresas baianas são arredias à inovação tecnológica, mas muitas delas inovam. Considerando os recursos disponíveis, podemos financiar, em média, 40 projetos de R$ 500 mil”, afirma Rui Gregório de Andrade, representante da Finep na Bahia.
O Juro Zero considera inovação o desenvolvimento ou melhoria de produto, processo produtivo ou serviço. “Um exemplo é o da companhia Gol, que lançou o bilhete de passagem aérea via internet”, exemplifica Andrade.
O mesmo programa foi lançado em Pernambuco, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, e em todos esses Estados o número de projetos apresentados é mais que o dobro do total na Bahia. Um dos fatores apontados para a baixa adesão é a falta de informação técnica sobre como elaborar o projeto e definir a inovação. Para ajudar os empresários nesse sentido, o IEL pode ser procurado.
O mesmo workshop acontece hoje para empresários de Feira de Santana. Há ainda a possibilidade de realizar o evento em outros municípios, a exemplo de Juazeiro e Barreiras.
O único projeto aprovado até agora para receber o financiamento do programa Juro Zero na Bahia é o de uma empresa de informática, a ZCR, que na verdade propôs um incremento em algo que já existe, a certificação digital.
“Vamos elaborar um e-protocolo para utilização na administração pública em Estados e municípios. A gestão eletrônica de documentos com certificação digital vai eliminar totalmente o uso do papel na gestão pública. Isso trará mais eficiência, segurança e transparência”, defende Ruben Delgado, diretor da ZCR.
Delgado acredita que a falta de interesse dos empresários pelo financiamento deve-se a questões culturais e às dificuldades na caracterização da inovação. A ZCR foi considerada a empresa mais inovadora do Nordeste em 2005 e a 3ª mais inovadora do País pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Dos três projetos que ainda estão sob avaliação para concessão de crédito, um é da área de informática e outros dois em exploração de petróleo. Elias Ramos de Souza, diretor de inovação da Fapesb, afirma que, para ser aprovada, a proposta deve ser inovadora e comercializável. “O projeto deve ser convincente nesse sentido e bem fundamentado”, explica Souza.
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