sexta-feira, novembro 17, 2006

[Mercado] Tecnologia da Informação tem 30 mil vagas em aberto

Fonte: Assessoria de Comunicação Social PUCRS

Esta nova foi enviada pelo Prof. Nivaldo Vasconcelos há algum tempo. Vale a pena refletir um pouco sobre o que informa, já que há um fundo de verdade com relação à empregabilidade da área, principalmente na Bahia. De qualquer forma, carecemos ainda de bons profissionais. Infelizmente, o índice de evasão é muito alto e uma das razões é a falta de uma boa base matemática e raciocínio lógico que afugenta quem pensa que um curso de computação é fácil. Lidar com o abstrato não é nada tranquilo, já que programar ou até mesmo implantar sistemas computacionais exige boa base de lógica e abstração. Vejo que para a área de exatas em nosso país uma boa base matemática no primeiro e segundo grau é fundamental. Pesquisem sobre as ações que países como a China e Taiwan estão realizando nesta área e entendam o que eu digo.

Com o índice de 100% de colocação dos estudantes formados, a Tecnologia da Informação (TI) é hoje um dos mais promissores campos de atuação no Brasil. "Nesta área quem está desempregado é por opção", afirma o diretor da Faculdade de Informática (Facin), Avelino Zorzo.

Levantamento da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet – Regional RS (Assespro-RS) mostra que faltam 30 mil profissionais especializados no País. Mas, se sobram vagas, onde estariam os candidatos?

O presidente nacional da Assespro, Ricardo Kurtz, credita o pouco interesse dos jovens do Ensino Médio em serem informatas ao estereótipo do "micreiro que vive em frente ao computador". Kurtz defende que, para essa carreira, o profissional deve "saber trabalhar em grupo, conhecer assuntos do dia-a-dia das empresas, operações comerciais e rotinas administrativas". Tudo somado à fluência na língua inglesa, predominante entre as empresas que lideram o setor.

Para o diretor da Facin, o mito dos "micreiros" ou "nerds", reflete em parte a desinformação do público em geral sobre TI. "Os profissionais de informática precisam das mesmas características de outras especialidades, como criatividade, atitude, espírito de equipe e respeito", avalia Zorzo. Mas o principal diferencial está "antes de tudo, no raciocínio lógico e cognitivo", sentencia o presidente da Assespro.

Esse perfil completo, porém, não é uma realidade nas empresas. A grande demanda por pessoal não tem permitido aos empregadores encontrar gente apta aos cargos. "Alguns concedem bolsas integrais no Ensino Superior para qualificar e fidelizar seus contratados", revela o diretor da Facin, Faculdade que terá seu prédio exclusivo com oito andares – em construção – e 180 vagas no vestibular de 2007.

A corrida por especialistas em TI no Brasil teve ênfase a partir de 2003. No RS, a chegada das multinacionais Dell, HP e Microsoft ao Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), atraiu outros fortes nomes que buscavam ampliar as linhas de pesquisa aproximando-se de universidades para se abastecer de conhecimento e mão-de-obra qualificada.

Uma pesquisa da consultoria A.T.Kearney, encomendada pelo governo federal e pela Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (Brasscom), mostra que o setor de TI movimentará US$ 1,2 trilhão no mundo em 2006. O outsoucing – equivalente à terceirização, detém a metade desse valor e, o Brasil, um dos dez destinos mais atraentes para TI, absorve apenas US$ 7,7 bilhões do montante, além de girar mais US$ 12 bilhões no mercado interno.

"Precisaremos formar 100 mil pessoas até 2010 proficientes em inglês e com alto nível técnico para absorver mais US$ 5 bilhões em TI", afirmou Antônio Carlos Gil, presidente da Brasscom, num seminário sobre exportação de software, em Porto Alegre. Entre os pontos que despertam o olhar estrangeiro para o País, ele aponta a informatização do sistema bancário e o governo eletrônico, destacando o imposto de renda via internet e as eleições.