terça-feira, outubro 31, 2006

[Mercado] Boas oportunidades, profissionais escassos

Fonte: ComputerWorld

Interessante esta notícia da ComputerWorld. A IBM está movimentando-se no mercado baiano, através do ALTIS, com convênios que visam a capacitação em massa de estudantes. Particularmente, estou iniciando um trabalho bastante interessante com o Sr. Nilson, colaborador da IBM, que está fomentando um possível desenvolvimento local em software livre e projetos de cunho social. Como, assim como ele, desejo também uma maior participação da comunidade acadêmica, peço a todas as instituições interessadas que o procurem a fim de firmarem parcerias. O email dele é nilsonv@br.ibm.com.

“Empresa procura: estudante universitário ou recém-formado em Tecnologia da Informação para atuar na área de mainframes. Experiência desejável, mas não imprescindível. Oferecemos benefícios e remuneração compatível.” O anúncio fictício até pode parecer uma oferta de emprego feita há mais de uma década, mas de fato
ele reflete a necessidade cada vez mais freqüente das companhias que decidiram manter suas fichas apostadas no mercado de mainframes e hoje não raro conduzem verdadeiras peregrinações até encontrar um profissional com perfil compatível.

“O que está faltando no mercado é aquele profissional júnior, em fase de graduação, focado em programação para mainframes. Esse perfil é necessário para formar novas
equipes de projeto, que não admitem um executivo sênior. Hoje a maioria das universidades já não forma nessa área”, comenta Giseli Reche, diretora de recursos humanos da consultoria Hold TI, que, entre outros projetos, conduz projetos terceirizados de desenvolvimento.

De acordo com a executiva, a abordagem deficiente sobre os mainframes na área acadêmica também refletiu em um desestímulo quase generalizado por parte dos estudantes em relação a tal tecnologia. “Hoje a paixão é web. Mesmo tendo em vista que os mainframes não morreram, não costumam ter tal tecnologia como primeira opção de trabalho”, ressalta.

Para tentar amealhar profissionais nesse segmento, a companhia decidiu estabelecer parcerias com universidades e criar um programa que prevê treinamento completo ao funcionário ou estagiário. Durante os três primeiros meses os profissionais terão apenas aulas sobre a tecnologia, ao passo em que recebem remuneração e benefícios tradicionais. Posteriormente, o profissional ingressa nas operações da fábrica de software ainda monitorado, enquanto na terceira e última etapa é incorporado aos projetos efetivamente, caso apresente bom desempenho nas fases anteriores.

A IBM é outra companhia que decidiu recorrer às parcerias com instituições de ensino para captar novos profissionais para mainframes. O acordo com a Unicamp é um exemplo de formação de mão-de-obra logo na fonte e, segundo Paulo Perini, gerente de estratégias da área de mainframes da companhia, as oportunidades tendem a crescer ainda mais nos próximos tempos. “Hoje o Brasil virou foco de muitos projetos de data center, por exemplo, que ficam mais competitivos comparados ao primeiro mundo. Nesse cenário, ter profissionais que sustentem essa estrutura é essencial”, comenta.

Na prática, as chances de crescimento no mercado de mainframes estão ainda além dos fornecedores e atingem também o profissional de TI. Segundo analistas, abraçar caminhos alternativos, como os mainframes, ao invés de tecnologias em grande evidência atualmente pode ser uma opção interessante para o plano de carreira. Vale prestar atenção nas oportunidades. Novas e graúdas vagas devem continuar aparecendo.