segunda-feira, abril 26, 2010

[Pesquisa] Semiárido baiano ganha projetos de ciência e tecnologia


Ao que tudo indica,  acho que o Instituto de Neurociências da Bahia vai tomar forma...

Para quem não conhece, acessem http://natalneuroscience.com/

Sou fâ do Miguel Nicolelis e acho ele um exemplo de brasileiro que faz, sem quaisquer demagogias ou interesses escusos.

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Projetos foram assegurados graças à assinatura de um protocolo de
intenções entre o Governo do Estado e a Associação Alberto Santos
Dumont para Apoio à Pesquisa

Uma base sólida de ciência e tecnologia vai ser desenvolvida no
semi-árido baiano. Com possibilidade de qualificação e inserção da
população local no mercado de trabalho, além da descoberta de novos
talentos na área da ciência, dois projetos para a região foram
anunciados, nesta segunda-feira (7), na Governadoria - a implantação
do Centro de Educação Científica da Bahia, que vai funcionar na cidade
de Serrinha e terá capacidade para atender a 400 alunos, e a criação
do Instituto Internacional de Biotecnologia e Bioprospecção do
Semi-Árido da Bahia (IINN-SAB), que deverá ser construído em Feira de
Santana. As duas iniciativas somam R$ 4,97 milhões em investimentos.

Os projetos foram assegurados graças à assinatura de um protocolo de
intenções entre o Governo do Estado e a Associação Alberto Santos
Dumont para Apoio à Pesquisa (Aasdap). A idéia do centro é trabalhar a
inclusão social de crianças e adolescentes da rede pública do
semi-árido, por meio de conceitos e práticas da ciência moderna.

As obras devem começar em setembro e a primeira classe iniciar os
estudos em março de 2009. A prefeita de Serrinha, Tânia Lomes, recebeu
a notícia com entusiasmo. "Para o município, é uma grande
oportunidade. Acreditamos no potencial da nossa gente e espero que
muitos cientistas sejam revelados", enfatizou.

Já os estudos que prevêem a criação do Instituto Internacional de
Biotecnologia e Bioprospecção do Semi-Árido da Bahia (IINN-SAB) devem
começar ainda este mês, com previsão de conclusão para janeiro do
próximo ano. Para a sua construção, serão elaborados planos
científicos e diagnósticos das vocações regionais, com a meta de
estabelecer parcerias e definir estratégias destinados ao bom
funcionamento do local.

Tecnologia de ponta
O protocolo de intenções foi assinado pelo governador Jaques Wagner,
pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, e
pelo presidente da Aasdap, Miguel Ângelo Nicolelis. Na opinião de
Wagner, o acordo simboliza a interiorização da pesquisa e da
tecnologia no estado. "O semi-árido vai ganhar uma outra feição depois
disso. É uma região que tem muito a oferecer, basta aportar
conhecimento. Aqui, nós plantamos a semente e espero que ela possa
frutificar", declarou.

Médico e cientista brasileiro, o professor Miguel Ângelo Nicolelis
elogiou a "ousadia" do governo baiano ao levar tecnologia de ponta ao
interior do estado. "Isso vai permitir que o semi-árido tenha contato
com novas oportunidades e ferramentas de produção de conhecimento.
Será uma porta aberta para novos 'Santos Dumonts' voarem com seus '14
Bis' pelo interior e, assim, construírem o mundo que sonhamos", falou
ele, com a autoridade de quem é considerado um dos maiores
pesquisadores do mundo. Na Universidade Duke, nos Estados Unidos,
Nicolelis desenvolve pesquisas sobre o cérebro e lidera um grupo de
estudiosos na área de neurociência.

A Aasdap foi criada em 2004, com a missão de propriciar um ambiente
destinado a reunir competências nos principais setores da ciência
moderna, tendo em vista o desenvolvimento de pesquisas de ponta em
múltiplas áreas do conhecimento.

A parceria da instituição com o governo baiano foi bem recebida pelo
secretário Ildes Ferreira. "As duas iniciativas firmadas aqui vão
funcionar como um canal importante na descoberta de novos talentos no
semi-árido, na pele de meninos e meninas que, certamente, vão se
apaixonar por ciência e tecnologia", comentou o secretário.

Investimentos
Centro de Educação Científica da Bahia – R$ 4,1 milhões.
Instituto Internacional de Biotecnologia e Bioprospecção do Semi-árido
da Bahia – R$ 870 mil.