[Mercado] Banco Mundial investe US$ 9 milhões e torna-se sócio da Softwell
As negociações, que duraram nove meses, avançam para assinatura de contrato em junho quando o Bird se tornará sócio da empresa baiana.
A IFC (Corporação Financeira Internacional, na sigla inglesa), o braço do Banco Mundial (Bird) que financia a iniciativa privada, decidiu investir nove milhões de dólares na empresa de tecnologia Softwell Solutions (www.softwell.com.br), provedora baiana de soluções de TI para o mercado corporativo e governamental.
A empresa, que tem capital 100% nacional, é proprietária da única ferramenta nacional de desenvolvimento de softwares, a plataforma Maker, que tem como principal diferencial inovador e competitivo, em relação aos concorrentes, o fato de o desenvolvimento dos sistemas informáticos ser realizado de forma visual, sem o uso das antigas e complexas linguagens de programação.
O investimento do Banco Mundial será para garantir o desenvolvimento de produtos (rodmap da companhia) e também para expandir as operações da Softwell no mercado nacional e internacional. O custo total do projeto é estimado em U$ 11,1 milhão, dos quais a IFC e outro co-investidor indicado por ela, fornecerão US$ nove milhões por subscrição em ações preferenciais da companhia, suprindo capital de risco que não está disponível para a fase inicial das empresas de TI no Brasil. A IFC vai mobilizar fundos adicionais e investidores privados para co-investir na Softwell.
A IFC, por meio de seu site, justificou a decisão tomada nos Estados Unidos, depois da visita de uma missão à sede da Softwell, em Salvador, no mês de fevereiro. "Do ponto de vista do desenvolvimento, esse investimento é importante para suportar o crescimento de empresas de software, tais como a Softwell. Além disso, as empresas de softwares permitem que o Brasil suba na cadeia de valor no cenário global de TI, proporcionando oportunidades de emprego de qualidade no desenvolvimento de tecnologia de ponta, e demonstrando a capacidade de produzir software de classe mundial em mercados emergentes".
Software verde
Outro fator que pesou na decisão da IFC para investir na Softwell foi o fato de a empresa brasileira ser classificada pelo Banco Mundial na categoria C em relação às questões ambientais e sociais. Pelos "Princípios do Equador", que avalia e gerencia riscos ambientais e sociais em financiamento de projetos para instituições internacionais, um projeto é classificado como sendo da categoria C quando tem impactos negativos mínimos ou mesmo nenhum impacto.
A IFC diz que ao eliminar a codificação e a documentação no processo de desenvolvimento de softwares com as suas ferramentas, a Softwell oferece aos clientes redução no consumo de energia (medida em KWh) para o desenvolvimento de aplicações, economia em materiais de consumo, e emissões de carbono. "O nível de riscos ambientais e sociais deste projeto é mínima, por isso é classificado na categoria C", justifica.
Na vitrine
Os planos de crescimento e de expansão da Softwell foram sustentados pela participação no Fórum de Venture Capital da IBM de quem a empresa é parceira, realizado em 2009, menos de dois anos depois que a empresa se lançou no mercado. O objetivo do FVC – IBM foi de ligar empresas interessadas em obter investimentos com fundo atentos a oportunidades. A IFC foi um dos fundos aproximados pela IBM e a Softwell uma das cinco startups selecionadas em um universo de 700 empresas parceiras da IBM.
Este ano também a Softwell começou a receber recursos da ordem de R$ 3 milhões, oriundos de investimentos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), para financiamento de duas novas plataformas, o Maker Runner e o Maker Mobile, consideradas pelas instituições de incentivo à pesquisa, projetos inovadores.
Sobre a IFC
A IFC é o ramo do setor privado do Grupo Banco Mundial. A IFC promove o investimentos do setor privado e a prestação de assistência técnica e de assessoramento aos governos e empresas. Em parceria com investidores privados, a IFC proporciona tanto empréstimos quanto capital e participação acionária em negócios nos países em desenvolvimento.
A IFC tem 182 países membros, que determinam coletivamente suas políticas e aprovam investimentos.
Veja noticia sobre a Softwell no site da IFC:
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