sexta-feira, junho 03, 2016

[Inovação] Empresa baiana lança software de sistemas web e móveis com tecnologia IBM

Com aplicações rodando em várias partes do mundo, o Maker - uma solução para empresas e empreendedores que possibilita a criação de sistemas web e móveis - chega à sua versão 3.9. E, a partir de agora, as aplicações desenvolvidas podem ser hospedadas na plataforma em nuvem IBM Bluemix. O lançamento do Maker 3.9 será no dia 7 de junho, a partir das 9h, no auditório do Parque Tecnológico da Bahia (Avenida Paralela). Estarão presentes executivos da Softwell, empresa responsável pela criação do Maker, e da IBM, além de pesquisadores, desenvolvedores, empresários e gestores da área da tecnologia da informação.

O Maker 3.9 traz uma pioneira interação com a plataforma em nuvem Bluemix, que permite o gerenciamento de aplicações na cloud e a construção de soluções que utilizem serviços do Watson. Disponível em formato de APIs (sigla em inglês de Application Programming Interface), o Watson é a plataforma de computação cognitiva que entende linguagem natural, aprende e gera insights a partir de diversas fontes de dados desestruturados, como texto, imagem, vídeos e áudio. O Watson já tem diversas casos de uso no mercado, como o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York, que utiliza o sistema para auxílio na decisão de tratamentos de câncer, além de empresas que trabalham com o Watson para análises financeiras, cruzamento e checagem de dados.

“A parceria entre Softwell e IBM, por meio do IBM Bluemix, gera muito valor às empresas, mas, principalmente, aos desenvolvedores e profissionais que terão acesso ao Maker 3.9, com o recurso de hospedagem na nossa plataforma em nuvem e uso de APIs do Watson. Este público tem nas mãos a possibilidade de trabalhar com o que há de mais novo no mercado de TI, que é utilizado por grandes empresas, de forma rápida e fácil e com um diferencial: a computação cognitiva”, diz o executivo da área de Startups, Desenvolvedores e Novos Negócios da IBM para América Latina, Claudio Bessa.

Wellington Freire, CEO da Softwell, é direto ao dimensionar o que irá possibilitar a parceria entre a empresa baiana e a IBM. “Ao clicar em um botão, a aplicação estará na cloud, no ambiente da IBM. Chegamos a esta solução em um momento oportuno, quando ‘a nuvem’ se aproxima muito mais do usuário comum. Existe uma necessidade latente de um ambiente seguro, rápido e acessível do ponto de vista financeiro para a utilização de soluções tecnológicas pay per use (pague pelo uso). A combinação de nossa ferramenta, o Maker 3.9, com a IBM Bluemix proporcionará ao usuário final o fácil acesso e utilização de uma série de soluções disponíveis, sendo que ele pagará apenas o que utilizar”.

O Maker conquistou mercados por ser um ambiente completamente visual de desenvolvimento para softwares corporativos. Com o Maker, diminui-se tempo no projeto e construção de softwares, o que significa também menores investimentos. Além disso, por não ser necessário escrever linhas de código, a ferramenta é mais acessível, alcançando uma ampla parcela de desenvolvedores.

Ineditismo na parceria entre Softwell e IBM
O Maker 3.9 é a primeira plataforma de geração de aplicações que se integrou à IBM Bluemix na América Latina, permitindo a exploração da capacidade de computação cognitiva. Isso certamente ampliará as possibilidades de interação entre desenvolvedores e os serviços oferecidos na Bluemix.

“A plataforma IBM Bluemix representa a democratização da tecnologia avançada. Lá é possível desenvolver serviços inovadores. O Maker 3.9 é uma ferramenta que aumentará a facilidade de acesso e de desenvolvimento dos usuários. Todos os serviços disponíveis na Bluemix possuem desde diversas camadas de uso gratuito até a utilização de serviços intermediários e avançados, nos quais se paga valores referenciados pelo tempo de uso da ferramenta”, explica Sérgio Gama, líder técnico de Cloud Computing da IBM para América Latina.

O Maker, desde que entrou no mercado, vem ganhando credibilidade e espaço, inclusive mundial. Hoje, além da sede no Parque Tecnológico da Bahia, a Softwell mantém escritório em Lisboa, Portugal, sua porta de entrada para o exigente mercado europeu. Em sua trajetória, teve a parceria da IBM em importantes ocasiões, gerando entre as empresas a confiança necessária para o salto para o futuro que representa este projeto.

Voando na cloud computing
A computação em nuvem (cloud computing) caracteriza-se pela criação na internet de um ambiente onde se possa fazer uso de poderosos computadores e servidores que estão interligados remotamente. Assim, um usuário ou desenvolvedor pode acessar dados e serviços de qualquer lugar do mundo, necessitando apenas estar conectado à internet. “Queremos explorar as possibilidades da computação em nuvem, pois enxergamos nossa ferramenta, o Maker, como uma solução completamente adequada para o acesso e o desenvolvimento nesse ambiente. A computação em nuvem é uma nova realidade que se abre no campo da informação, da internet, e é tão revolucionária que aplicações e usos dessa novidade ainda estão sendo descobertos e testados. E nós, como empresa brasileira, nos sentimos orgulhosos por participar desse momento inovador”, comenta Wellington Freire, da Softwell.


O que é o Watson
Outra grande aposta da IBM é a computação cognitiva, que inaugura a terceira era da computação. Para entender o que isso representa, vamos lembrar que, no início, os computadores só eram capazes de efetuar cálculos, evoluindo em seguida para a utilização de sistemas programáveis, que é o que conhecemos largamente hoje. O passo seguinte consiste nos sistemas computacionais conseguirem, por meio da inteligência artificial, atuarem como um assistente cognitivo, dando subsídios para que os profissionais tomem decisões mais assertivas, baseadas em aprendizado de experiências anteriores, em um processo semelhante ao que acontece com o cérebro humano.

Pois bem, isso já é possível com o Watson. O sistema cognitivo da IBM se mostrou capaz de aprender com os dados, demonstrando consistência na análise de diferentes situações. O sistema aprende continuamente, ganhando em valor e conhecimento ao longo do tempo e a partir das interações com o seu ambiente. Atualmente, o IBM Watson é utilizado na medicina, na análise de dados financeiros, cibersegurança, educação, desenvolvimento humano, entre outras áreas.

Para provar a eficiência do sistema cognitivo, a IBM encarou, em 2011, um grande desafio. Colocou o Watson para disputar um programa de conhecimentos gerais da TV norte-americana, o Jeopardy!. O Watson disputou com os dois maiores ganhadores de toda a história do famoso programa e venceu. Em tempo, uma curiosidade: o nome Watson foi dado ao sistema cognitivo da IBM em homenagem ao fundador e primeiro presidente da empresa, Thomas John Watson (1874-1956).